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(Palavra ministrada no culto de 12/02/2023)

• Você acredita que Deus tem um plano para sua vida, um plano que inclui cada detalhe da sua rotina diária?
• Você acredita que o plano dEle é superior a qualquer outro que você possa traçar a si mesmo?
• Você acredita que Deus irá mostrar-lhe esse plano passo a passo?

Se você quiser conhecer a vontade de Deus nas decisões que enfrenta, deve, então, acreditar no que a Palavra de Deus diz a esse respeito:

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Provérbios 3:5-6

A confiança e a fé são essenciais, sem elas não há orientação. A orientação vem de Deus, mas o confiar é de nossa responsabilidade. Hoje falaremos sobre o nosso preparo pessoal para recebermos a orientação. O preparo é parte da maturação que Deus deseja desenvolver em nós, algo essencial para discernirmos Sua vontade.

Em primeiro lugar, precisamos de um coração sincero. Todos dizemos que queremos agradar a Deus e fazer a Sua vontade, mas para isso é necessário conhecê-Lo. Não podemos avançar sem , primeiro, despertarmos a nossa fé através de um relacionamento com Ele.

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”  Hebreus 11:6

Portanto, confiança pressupõe CONHECIMENTO.

Algumas pessoas parecem pensar que ter fé é simplesmente aceitar aquilo que não podemos conhecer. Elas pensam na fé como um substituto para determinado conhecimento. “Se não puder realmente saber a resposta, simplesmente ‘creia’”. Ou “fé é dar um salto no escuro”. Não se trata, absolutamente, disso. A verdadeira fé se alicerça no conhecimento pois, se não conhecermos alguém o suficiente, será muito difícil confiar nela.

Até que ponto conhecemos a Deus?

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” João 17:3

Alguns crentes precisam admitir que o seu conhecimento a respeito de Deus não passa de um conhecimento casual; outros, talvez O conheçam unicamente de ouvir falar. Essa poderia ser uma das razões que os fazem hesitar em confiar-Lhe o futuro. Veja como o relatório dos dez espias (do total de doze) enviados por Moisés para espiar a terra prometida, demonstrou verdadeira incredulidade:

“Ao cabo de quarenta dias, voltaram de espiar a terra, caminharam e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades; deram-lhes conta, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra. Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos envia  ste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela. Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.” Números 13:25-33

Qual o nível de verdadeiro conhecimento de Deus esses homens tinham? O povo, de igual forma, concordou com os dez. Eles serviam e seguiam a um Deus que, de fato, não conheciam, não se relacionavam. Podemos estar passando por crises, desafios e dificuldades, muitas vezes até fazendo cobranças a Deus enquanto, de fato, não conhecemos a Sua Palavra, pouco conhecemos de Seus desígnios e muito menos Suas direções específicas à nossa vida. Aquele que vive uma vida fundamentada em crenças rasas, pouco conhece da natureza bondosa de Deus, de Sua fidelidade eterna quanto à Sua Palavra, Seus caminhos retos e justos. Então, diante de impasses severos, depara-se com a própria incredulidade, fruto do real desconhecimento de seu Deus. É possível que eles jamais tenham investido tempo para conhecer ao Senhor e, sendo assim, não estão dispostos a confiar-Lhe suas vidas. Não é culpa de Deus quando não O conhecemos, Ele se revela a nós de inúmeras formas. Como respondemos ao Seu convite, que nos propõe  um verdadeiro relacionamento?

Pense num relacionamento humano. Você confiaria em quem não conhece? Muitos cristãos enfrentam essa mesma questão com Deus. Até vão à igreja regularmente, mas leem pouco a Bíblia, oram um pouco e de modo irregular e nunca tiveram uma comunicação efetiva com Deus além daquilo que poderíamos chamar de meramente religioso. Até que dia compreendem que Deus tem falado diretamente através da Sua Palavra (“a ficha cai”). Ele está nos contando como Ele é e o que deseja que façamos. De semelhante modo, Ele revelará quem nós somos nEle e o que realmente espera de nós.

Aqui está uma importante decisão: você vai continuar com uma vida cristã medíocre ou vai nutrir um relacionamento pessoal com Deus, conhecendo-O intimamente? Seu futuro depende desta resposta! Por isso, há momentos em que, por amor a nós, Deus nos coloca em situações que nos impulsionam à melhor decisão neste sentido. No caso do povo hebreu que saía do Egito, Deus deixou-os realmente encurralados:

“Sendo, pois, anunciado ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração de Faraó e dos seus oficiais contra o povo, e disseram: Que é isto que fizemos, permitindo que Israel nos deixasse de servir? E aprontou Faraó o seu carro e tomou consigo o seu povo; e tomou também seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito com capitães sobre todos eles. Porque o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse os filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram afoitamente. Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom. E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto. Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis.”  Êxodo 14:5-14

Muitas vezes Deus permite que passemos por problemas ou sofrimentos para que possamos conhecê-Lo de modo profundo e verdadeiro. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” Salmos 46:10

“Mas ele está tão distante…” – Será?

Como podemos conhecer um Deus que vive nos céus, que não possui um corpo material que possamos ver ou tocar, e que não nos fala de modo audível? Praticamente falando, temos dois meios fundamentais para isto: a leitura de Sua Palavra e a prática da oração.

Se sua decisão for de, realmente, conhecer a Deus, você precisa, então, dedicar-se ao conhecimento da Bíblia, treinando seu ouvido espiritual, buscando sintonizá-lo a tudo o que Deus fala através dela (a Seu próprio respeito, a nós, a este mundo, à Sua eternidade e propósitos). É desta forma que desenvolvemos confiança e fé em quem Ele é. Veja alguns exemplos do que aprendemos na Bíblia a respeito de quem Ele é:

“O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte.” Salmos 18:2

“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” Salmos 27:1

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Salmos 46:1

Ao nos dedicarmos à Palavra, recebemos não somente a informação mas a revelação de Seus atributos e, assim, nossa confiança nEle e naquilo que nos orienta só cresce. Somos invadidos por um amor que nos abraça e envolve, encorajando-nos a nos lançarmos em Seus braços e desígnios. Ao nos dedicarmos à Palavra, conhecemos Seus atributos:

Deus é onipresente: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.” Salmos 139:7-12

Deus é onisciente: “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.” Salmos 147:5

Deus é onipotente: “Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.” Jeremias 32:17

Deus é amor: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” 1João 4:16

Deus é bom: “Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus decretos.”  Salmos 119:68

Deus é fiel: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” Lamentações 3:22-23

Como reconhecer a voz de Deus?

Então, como estamos vendo, só há um meio de reconhecermos Sua voz: mediante a familiaridade alcançada através da exposição e experiências repetidas em Sua presença. A criança conhece a voz dos pais porque a ouve todos os dias. De igual forma, a ovelha reconhece a voz do pastor porque a ouve todos os dias: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” João 10:27. Assim, objetivamente e de forma prática, vemos as duas formas mais básicas em que o Senhor se manifesta:

1. Deus se revela a nós através da Sua palavra:
2. “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” João 5:39
3. “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:4
4. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” 2Timóteo 3:16-17

Ou seja, aprenderemos a reconhecer a Sua voz à medida que conhecermos melhor a Sua palavra.

• Deus se revela a nós através da oração. É dialogando com Deus que nos colocamos vulneravelmente dentro desta relação. Diante do que Ele nos diz em Sua Palavra, devemos meditar sobre ela em oração.

É neste momento que apresentamos a Ele o nosso coração, nossas dúvidas, anseios… Compartilhamos o que compreendemos sobre as Escrituras e partilhamos o que temos vivido. Alguns cristãos passam muito pouco tempo na presença de Deus, mas, certamente, correm para Ele pedindo orientação quando surge uma crise. Acabam assumindo a seguinte postura: “Não tenho muito tempo para estar com Deus, mas preciso tomar uma decisão até o meio-dia”. É importante que se compreenda que existe algo mais importante para Deus do que conhecermos a Sua vontade: que conheçamos a Ele próprio. Por isso, a única maneira de nos prepararmos para descobrir a Sua vontade quando estivermos diante de decisões importantes, é decidir passar tempo em Sua presença agora. Treinamos nosso ouvido espiritual, familiarizamo-nos com a Sua voz.

Você gostaria de saber o que Deus quer que você faça? Então comece por conhecê-Lo. Passe tempo com a Sua Palavra. Partilhe com Ele a sua alma em oração. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” Oseias 6:3

Preencha seus dias com a Sua presença. Escute, partilhe com Ele e ouça Suas direções nas pequenas coisas. Quando você estiver diante de decisões importantes e maiores em sua vida, Ele estará lá, como sempre, e você discernirá a Sua direção com segurança.

Deus abençoe a sua vida!

Ap. Alexandre Paz

Assista ao culto completo pelo Youtube: