Baseado na palavra do culto de 13/07/2025
Você já se sentiu vivendo um deserto espiritual? Aquele tempo em que tudo parece seco, sem avanço e sem resultados? Muitas vezes, não é em todas as áreas da vida, mas existe um ponto específico que parece travado. Mesmo desejando romper, a sensação é de que não há saída. A Palavra nos mostra que o deserto é real, mas também nos revela que Deus não apenas nos visita no deserto — Ele o transforma.
O Senhor habita no meio dos louvores. É quando escolhemos glorificar o Seu nome que o ambiente muda. Muitas vezes, em vez de adorar, preferimos murmurar. Substituímos as mãos levantadas em rendição por braços cruzados em reclamação. Essa é a razão pela qual muitos permanecem no deserto: deixam de exaltar a Deus e passam a alimentar a incredulidade. Mas a Bíblia nos desafia a viver uma vida de adoração, porque o louvor é a chave que abre o caminho da transformação.
“Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?” Salmos 137:1-4
O povo de Israel experimentou isso. Por causa do pecado, da idolatria e da murmuração, Jerusalém foi invadida e destruída, e o povo levado ao exílio. Até mesmo os levitas, responsáveis por conduzir o louvor, penduraram suas harpas junto ao rio Quebar, que significa “rio da glória”. O contraste era marcante: em um lugar de glória, o povo escolheu se calar. Quantas vezes também fazemos isso? Em cenários de dor e perda, deixamos de adorar, quando justamente nesses momentos Deus espera ouvir nossa voz.
Foi nesse contexto que o profeta Isaías liberou uma palavra poderosa: “O deserto e a terra seca se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso. Florescerá abundantemente, jubilará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhedeu, a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus” (Isaías 35:1-2, ARA).
Essa promessa aponta para uma verdade espiritual: o deserto não é lugar de habitação, mas de passagem. Deus usa o deserto para nos moldar, mas Ele mesmo declara que o transformará em jardim. Onde havia esterilidade, brotará fruto; onde havia dor, surgirá beleza; onde havia estagnação, virá renovo. Mais do que uma mudança externa, o Senhor deseja restaurar a identidade, o ânimo e a vitalidade do Seu povo.
Isaías continua: “Fortalecei as mãos frouxas e firmai os joelhos vacilantes. Dizei aos aflitos de coração: sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus; a vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará” (Isaías 35:3-4, ARA).
Talvez você se encontre cansado, sem forças para continuar. Mas Deus declara: “Não temas. Eu venho e te salvarei.” Não é uma palavra humana de ânimo, mas um decreto divino. O mesmo Senhor que sustentou Moisés no deserto e renovou Elias debaixo do zimbro, hoje promete renovar suas forças. Ele não falha.
A restauração do Senhor é completa. A Palavra diz: “Então se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos” (Isaías 35:5, ARA). O agir de Deus alcança corpo, alma e espírito. Ele devolve visão espiritual, cura feridas da alma, fortalece o ânimo e renova a esperança. Mas há um princípio: para receber, é preciso estar de mãos levantadas, em fé, pronto para alcançar as bênçãos que já foram liberadas em Cristo. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” Efésios 1:3.
Isaías também fala sobre o caminho da santidade: “E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será somente para o povo de Deus; quem quer que por ele caminhar não errará, nem mesmo o louco” (Isaías 35:8, ARA).A saída do deserto não está na força humana, mas na santidade e na adoração. Quem anda nesse caminho está guardado, porque ele é blindado pelo Senhor. A restauração sempre começa de dentro para fora: o coração é transformado, a mente é renovada e a vida exterior passa a manifestar o fruto dessa mudança.
O capítulo conclui com uma promessa gloriosa: “E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido” (Isaías 35:10, ARA). Essa é a garantia para os filhos de Deus: a alegria eterna é herança dos resgatados.
Mesmo que hoje haja lágrimas e lutas, em Cristo já temos vitória. O Senhor prometeu enxugar dos olhos toda lágrima (Apocalipse 21:4), e enquanto esse dia não chega, Ele nos convida a viver em adoração, celebrando a fidelidade d’Ele em todo tempo.
Portanto, se você deseja antecipar a saída do deserto, o caminho é a santidade e a adoração. Pare de murmurar e comece a declarar: “Glória a Deus”. Não porque as circunstâncias são favoráveis, mas porque Ele é fiel em qualquer situação. Essa é a postura que transforma o deserto em jardim.
Hoje o Espírito Santo nos chama a levantar as mãos em rendição, abrir a boca em adoração e profetizar vida sobre cada área estagnada. Declare em fé: “O meu Deus é maior do que qualquer problema. Ele virá em meu favor, e o deserto da minha vida florescerá.”
Deus abençoe a sua vida!
Alexandre Paz