Baseada na live de 17/01/2025
A verdadeira influência espiritual não vem apenas do conhecimento, da gentileza ou da eloquência, mas sim da unção de Deus sobre nossas vidas. A unção é o fator determinante que possibilita a transformação de territórios e a expansão do Reino de Deus. Assim como um carro sem gasolina não pode se mover, um ministério sem unção não gera impacto real. A diferença entre uma palavra inspiradora e uma palavra transformadora é a presença da unção.
A unção de Deus capacita homens e mulheres para liderar com autoridade espiritual e promover mudanças que ultrapassam o natural. Quando Deus unge uma pessoa, Ele libera sobre ela graça e poder para cumprir sua missão. Não se trata apenas de talento ou conhecimento humano, mas de um revestimento sobrenatural que traz discernimento, ousadia e resultados eternos.
A unção na vida de Davi
Em 1 Samuel 16:13, lemos: “Tomou Samuel o chifre de azeite e ungiu-o no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi.” Esse foi o início de um chamado que se desenvolveria progressivamente, e cada etapa revelou um princípio importante sobre a unção.
Davi passou por três unções distintas:
- No contexto familiar – Deus o separou e o Espírito do Senhor veio sobre ele.
- Como rei de Judá – sua liderança expandiu-se para um território maior.
- Como rei de todo Israel – sua influência atingiu seu auge.
Essa progressão ensina que a unção se desenvolve ao longo da jornada. Deus unge primeiro dentro de casa, depois em um nível maior, e por fim amplia a esfera de influência conforme a fidelidade do líder. O crescimento espiritual ocorre quando somos fiéis no que Deus nos confiou.
Cada etapa da unção exigiu de Davi um nível mais profundo de compromisso e responsabilidade. Ele precisou vencer batalhas, superar desafios e manter um coração alinhado com Deus. Isso nos ensina que a unção não é um evento isolado, mas um processo contínuo de crescimento e maturidade espiritual.
A unção e o chamado ministerial
A unção começa dentro do lar:
“Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?”
Como nos ensina 1 Timóteo 3:4-5, aquele que deseja liderar na casa de Deus precisa primeiro governar bem sua própria casa. Muitos querem pregar para multidões, mas negligenciam o discipulado dentro do lar. A vida espiritual começa com um relacionamento íntimo com Deus e se reflete no cuidado com a família.
A unção também nos prepara para maiores desafios. Ninguém deve querer pular etapas. Muitos desejam reconhecimento imediato, mas não entendem que Deus unge não para exaltar o homem, mas para cumprir Sua obra. Antes de desejar grandes ministérios, é essencial valorizar aquilo que já está sob seus cuidados. Quando somos fiéis nas pequenas coisas, Deus nos confia responsabilidades maiores.
A liderança espiritual não se trata apenas de posições e títulos, mas de influência gerada pela presença de Deus. Uma pessoa pode estar em um cargo de liderança e não ter impacto espiritual, enquanto outra, sem títulos, pode ser um instrumento poderoso porque carrega a unção.
O propósito da unção
Jesus declarou em Lucas 4:18-19: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.”
A unção não é para engrandecer o líder, mas para libertar vidas e transformar realidades. Davi foi um instrumento poderoso porque reconhecia que a sua força vinha do Senhor. Como descrito no Salmo 23:5: “Unges-me a cabeça com óleo, o meu cálice transborda.” Quando a unção transborda, Deus amplia territórios e capacita para desafios ainda maiores.
A unção nos equipa para enfrentar as batalhas espirituais e nos dá autoridade para resistir ao inimigo. Não se trata apenas de pregar ou ensinar, mas de carregar uma presença que gera transformação por onde passa.
Como crescer na unção
- Buscar intensamente a Deus – A salvação é um presente, mas a unção exige investimento: oração, jejum e meditação na Palavra.
- Manter intimidade com Deus – Isaías 55:6 nos alerta: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar.”
- Ser fiel no pouco – Antes de ser rei, Davi foi um pastor fiel. 1 Samuel 16:11-13 mostra que Deus honra aqueles que são diligentes nas pequenas tarefas.
- Permanecer humilde – A unção não é para exaltação pessoal, mas para glorificar a Deus.
- Estar disposto a pagar o preço – A unção requer entrega, renúncia e compromisso com os princípios do Reino de Deus.
- Viver em santidade – A obediência à Palavra é essencial para manter a unção ativa na vida de um líder.
- Caminhar em unidade – Deus unge aqueles que estão alinhados com Sua vontade e conectados ao Corpo de Cristo.
- Submeter-se à liderança espiritual – Deus honra aqueles que respeitam as autoridades que Ele instituiu.
- Perseverar mesmo nos momentos difíceis – A unção não nos isenta de desafios, mas nos capacita a vencê-los.
- Ter um coração quebrantado – Deus se move onde há humildade e dependência total dEle.
A unção é o diferencial na vida daqueles que possuem um chamado de Deus. Sem ela, o ministério se torna insustentável. Deus unge aqueles que são fiéis e buscam viver em santidade. Pergunte-se: em que fase do seu chamado você está? Você tem pagado o preço para viver a plenitude da unção?
A unção nos torna instrumentos poderosos para cumprir os propósitos de Deus. O mundo precisa de líderes cheios do Espírito Santo, que não apenas falem sobre Deus, mas que manifestem Seu poder. Que possamos buscar essa unção de forma constante, permitindo que Deus nos capacite para transformar territórios e cumprir o Seu propósito.
Deus abençoe a sua vida.
Alexandre Paz
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