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JEJUM: Uma Arma Espiritual Que Está à Nossa Disposição

(Palavra ministrada no culto de 09/10, Ap. Alexandre Paz)

“Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.”

Salmos 115:16

Como filhos de Deus, somos responsáveis pela terra em que o Senhor nos plantou. Fomos convocados, juntamente com toda a Igreja Brasileira, a entrarmos num jejum de 21 dias por nossa nação, a fim de que os valores bíblicos sejam mantidos sobre este território. Não existe território desocupado e, por isso, compreendemos a necessidade de nos engajarmos em ações espirituais para guardar nossa família e as liberdades que tivemos até então garantidas no Brasil.

Há alguns anos, vimos a Igreja da Argentina passar por um avivamento sobrenatural. Estádios lotados em celebrações, sinais e maravilhas, uma unção fresca vinha sobre o povo trazendo um verdadeiro avivamento que varreu este país. Porém, por não perceberem que as bênçãos espirituais que Deus derramava sobre a nação deveriam estar, também, sendo observadas e manifestas nas diferentes esferas da sociedade, vimos outro tipo de celebração acontecer no ano passado: feministas celebrando a regulamentação do aborto. A nação toda, portanto, passou a carregar a marca e a responsabilidade pelo derramamento de sangue de tantas vidas. Este sangue inocente clama da terra, como diz a Palavra, e atrai maldições para a nação. Precisamos guardar a nossa terra para que pautas contrárias à Palavra de Deus não entrem em nosso território e venham ferir a terra com maldição. Observe como está a Argentina hoje.

Na época do profeta Daniel, os israelitas viviam no cativeiro da Babilônia sob o jugo do rei Nabucodonosor. Daniel, um jovem e forte judeu, servia a este rei. O povo de Israel havia pecado contra o Senhor e sabemos que todo pecado gera um cativeiro. No livro de Deuteronômio, capítulo 28, vemos as graves consequências da desobediência a Deus.

“No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza.”

Daniel 9:1-3

Daniel compreendeu, ao estudar as escrituras, que havia chegado o tempo de o povo sair do cativeiro. Diante disso, colocou-se na brecha para trazer à terra essa verdade pré-anunciada. Voltou-se ao Senhor para o buscar com orações, súplicas, jejum e um tempo de humilhação. A primeira finalidade de um jejum é buscar a face do Senhor. Vemos que o objetivo de Daniel era buscar ao Senhor para, a partir disto, alcançar entendimento de como deveria proceder naquele momento em que seu povo se encontrava.

Estamos, como congregação, unindo-nos a uma convocação nacional de JEJUM de 21 dias pela nação brasileira. Precisamos nos alinhar com este ensino e saber que, acima de tudo, nossa motivação deve ser BUSCAR A FACE DO SENHOR. A melhor de todas as respostas é, sempre, a Sua própria Presença em nossa vida. Todas as demais respostas partem desta. Se você ainda não ingressou nesta estratégia, ainda é possível. Comece amanhã mesmo e se una a este exército.

O jejum não muda a Deus, o jejum muda o homem. Ao jejuarmos nos tornamos mais sensíveis à voz de Deus, propícios à santidade e a viver para o Senhor. Colocamo-nos diante dEle desejosos de ouvir a Sua voz e receber as Suas instruções, diminuindo os ruídos da carne e as distrações de provêm de nossa alma.

Sabemos que o propósito maior de todo jejum é a consagração pessoal, mas sabemos também que, exatamente por estarmos mais sensíveis à voz de Deus, é diante do jejum que nos tornamos vulneráveis a seus comandos. Temos nossos olhos e ouvidos espirituais mais abertos e discernimos melhor tempos, estações e ameaças. Que valiosa arma para nossas guerras o Senhor nos confere! O jejum nos prepara integralmente (corpo, alma a espírito) para estarmos com Ele. Também é um forte aliado para vencer seduções malignas na nossa carne. Se você luta contra sentimentos, pecados, pensamentos impuros, murmuração e inquietações malignas em sua alma, experimente “matar a carne” através desta potente arma de guerra.

O jejum nos leva, em tomadas de decisões, a nos movimentarmos em sintonia com a vontade de Deus, discernindo direções. Mas houve um momento, na época de Jesus, em que os discípulos de João Batista trouxeram questionamentos a Ele sobre o porquê de Seus discípulos não jejuarem.

“Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e lhe perguntaram: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar. Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; e, nesse tempo, jejuarão.”

Marcos 2:18-20
Quando jejuamos anunciamos que temos saudades do Noivo e O atraímos à nossa vida. A intenção do jejum é buscar o Noivo.

Na continuidade do texto de Daniel 9, lemos: “Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra.” Daniel 9:4-6

Deus ouviu a oração de Daniel. Vemos que Daniel faz confissão, em arrependimento, de pecados praticados por seu povo. Orações assim têm a finalidade de nos levarmos a renúncias de heranças ruins decorrentes de erros até mesmo de nossos antepassados. Em sua oração, vemos Daniel se colocando no lugar daquele povo e confessando pecados, em busca do cancelamento de heranças de lá decorrentes (maldições).

“Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

2 Crônicas 7:13,14

Neste texto, vemos Deus falar com Salomão, ao consagrar o templo após sua construção. O versículo 13 fala em “céus cerrados”, “gafanhotos que consomem a terra” e “peste”, indicando aspectos naturais que trazem prejuízos e perdas. Estas expressões indicam o fim de provisão por decorrência de maldições. Em outras palavras, Deus diz que, ainda que o Seu povo se encontre debaixo do Seu juízo, se se colocar em humilhação diante de Deus, orando e buscando a Ele, convertendo-se dos maus caminhos, Ele o ouviria, perdoaria os pecados e sararia a terra. Veja como o jejum combina muito bem com esta descrição, pois buscamos a face de Deus, sensibilizamos nosso coração para alcançar verdadeiro arrependimento e conversão, e nos humilhamos ao abstermo-nos de alimentos físicos.

Então, após a confissão, Daniel clama ao Senhor:

“Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós. Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor.”

Daniel 9:16,17

Ao compreender a estação em que se encontrava, Daniel buscou ao Senhor através do jejum, arrependimento e clamor. Na sequência, lemos no capítulo 10:

“No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão. Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras.”

Daniel 10:1-3

Observe que Daniel não contou somente com a compreensão da palavra, mas também precisou da “inteligência da visão”, ou seja, a sabedoria do alto para, não somente conhecer, mas discernir tudo o que envolvia aquele momento (revelação). Então, durante três semanas (21 dias), ele se absteve de manjares desejáveis, carne e vinho. Este é o “jejum de Daniel”.

Na bíblia conhecemos vários tipos de jejuns: de 1 dia, de 3 dias, de 7 dias, de 14 dias, de 21 e de 40 dias. Podemos fazer o jejum “normal”, em que se retira toda alimentação restringindo-se somente à água (+chás, café e chimarrão, adaptando à nossa cultura). Hoje, o jejum intermitente é amplamente defendido pelos médicos, inclusive como parte de tratamento contra enfermidades – mas Deus já sabia disso há muito temppo, não é mesmo?! Também podemos fazer um jejum parcial, abstendo-se de alguns alimentos. No caso, vemos que o jejum de Daniel era um jejum parcial, assim como é a proposta para esta convocação nacional. Você pode ajustar este jejum às suas possibilidades pessoais, mas não deixe de participar, abstendo-se de coisas de valor e consagrando-se ao Senhor, em clamor por nossa nação.

Esse é um tempo delicado e exige muita seriedade e comprometimento de nossa parte. Não faça o voto de tolo – aquilo que você se comprometer com Senhor, cuide para cumprir, mas não fique de fora. Desejamos o avivamento mas, com responsabilidade quanto ao lugar onde o Senhor nos plantou, precisaremos lutar espiritualmente e guardar nossa terra, sem que percamos as liberdades que já conquistamos.

O jejum nos coloca em aceleração espiritual e, assim, avançamos em direção ao propósito de Deus. Hoje Deus te dá uma chave de vitória que te conduzirá a conquistas, não somente a nível de território nacional mas também dentro da sua casa, em sua vida pessoal. Defina sua maneira de participar deste tempo de consagração e veremos garantidas, no Senhor, as promessas e vitórias prometidas sobre nossa nação e nossa casa.

Deus abençoe a sua vida!
Ap. Alexandre Paz

Assista ao culto completo pelo Youtube: