Texto baseado na pregação do dia 29/06
“Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso. Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho. Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim. Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata, que é Belém. Sobre a sepultura de Raquel levantou Jacó uma coluna que existe até ao dia de hoje.” Gênesis 35:16-20
Nesta passagem de Gênesis lemos que Raquel, esposa amada de Jacó, entrou em trabalho de parto a caminho de Belém. Em meio à dor e percebendo que sua vida estava chegando ao fim, ela nomeou o filho de Benoni, que significa “filho da minha dor”. Mas Jacó, em um ato de autoridade espiritual, mudou o nome para Benjamim, “filho da mão direita”, símbolo bíblico de honra, bênção e favor.
Esse episódio revela uma verdade profunda: momentos de trauma podem tentar definir nossa identidade. Assim como Raquel enxergou apenas a dor, muitos de nós carregamos rótulos marcados pelo sofrimento: “fracassado”, “solitário”, “sem futuro”. Palavras ditas por outros ou por nós mesmos tornam-se decretos que tentam moldar quem somos. Mas, assim como Jacó, nosso Pai celestial não aceita que sejamos marcados pela crise. Ele sempre tem a última palavra.
A perspectiva de Deus
Jacó não permitiu que o menino fosse conhecido como “filho da dor”. Ele declarou sobre o filho a visão de Deus, e não a do trauma. Na Escritura, a mão direita simboliza poder, proteção e favor:
“A tua destra, óS enhor, é gloriosa em poder”(Êx15:6)
“Pois tu me tens sustentado pela minha mão direita”(Sl 18:35)
“À tua direita estão delícias perpetuamente” (Sl 16:11)
Conforme sabemos, o próprio Cristo está assentado à direita de Deus (Hb1:3).
Assim, o novo nome indicava um futuro de autoridade e bênção. O que parecia maldição transformou-se em propósito. A tribo de Benjamim, antes “filha da dor”, gerou líderes e libertadores: o rei Saul (1Sm 9:1-2), Ester e Mordecai (Et 2:5-7) e o apóstolo Paulo (Fp 3:5). O decreto do Pai mudou toda a história.
Rompa com os rótulos
Talvez você tenha recebido palavras duras que tentaram definir sua vida: “você não tem jeito”, “ninguém vai te amar”, “você não vai prosperar”. Esses rótulos, como Benoni, querem aprisionar e paralisar. Mas Deus declara algo diferente:
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29:11
O favor de Deus não significa ausência de dor, mas certeza de redenção. A crise não é sua identidade, é apenas cenário para o agir divino. O que nos fere pode se tornar testemunho de autoridade para curar outros. Da sua história, Deus faz ministério.
Vivendo como Benjamim
Receber o nome Benjamim é aceitar a identidade que o Pai nos dá em Cristo: filhos amados, herdeiros da promessa. Isso exige fé para enterrar o decreto de Benoni — as lembranças e marcas que dizem “você não pode”. A dor não tem a última palavra; o chamado de Deus, sim. Em Cristo, somos novas criaturas:
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5:17
Hoje é dia de declarar: “Eu não sou Benoni, eu sou Benjamim. Não vivo mais o decreto da dor, mas caminho no favor do Pai.” A mão direita de Deus sustenta, protege e honra. Seu futuro não está preso ao passado; está seguro no propósito eterno.
Deus abençoe a sua vida! Alexandre Paz