(Palavra ministrada no culto de 13/11)
“Disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.” Êxodo 14:15
Após um longo caminho de instabilidades na confiança do povo em relação ao cuidado de Deus, os filhos de Israel foram liderados por Moisés e dirigidos por Deus para fora do cativeiro do Egito, que durou mais de 400 anos. Depois de acompanharem os sinais e maravilhas realizados por Deus, ainda numa terra em que serviam como escravos, foram liberados pelo Faraó, após a 10ª praga. Além da liberdade, ainda levariam consigo riquezas (ouro e prata em abundância) que o povo lhes entregava. Saíram em grande festa e na expectativa de logo estarem na terra prometida tão aguardada por eles e seus antepassados, terra que manava leite e mel.
Ao saírem do Egito, teriam a possibilidade de seguir pelo caminho dos filisteus, numa rota mais curta. Porém, Deus dirigiu o povo para que seguissem noutra direção. Viram-se diante do Mar Vermelho, o que lhes indicava um caminho sem saída, já que Faraó, arrependido de tê-los liberado, vinha atrás deles acompanhado de seu grande e poderoso exército. O próprio Deus os conduziu a uma rota de aparente derrota, pois tinha em Seus planos marcar a vida de todo o povo operando um grande e poderoso milagre de livramento. O desejo de Deus sempre foi se apresentar a essas pessoas, fazendo-se conhecido e chamando-os para mais perto de Si. Porém, vendo-se encurralados, rapidamente a celebração do povo deu lugar à reclamação amargurada voltada a Moisés, numa drástica mudança de atitude interior:
“Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.”
Êxodo 14:11,12
Conhecendo toda a história, sabemos que o próprio Deus havia endurecido o coração do faraó e o coração do povo egípcio em relação aos filhos de Israel, do mesmo modo que, muitas vezes, o próprio Deus endurece o coração dos nossos inimigos com a finalidade de nos tirar da zona de conforto e nos fazer avançar e “sair do lugar”. Ele não nos prometeu facilidades, mas prometeu vitória no final.
Diante daquele impasse, Moisés também não tinha respostas, mas tinha um relacionamento com Deus baseado tanto no conhecimento de quem Ele era, como na intimidade que havia conquistado com Ele. Então, clamou ao seu Deus e Ele prontamente respondeu: “Diga aos filhos de Israel que marchem.”
Esse mar (vermelho) pode representar inúmeras coisas em sua vida. Qual impasse você vive hoje? Você está se sentindo encurralado, pressionado, sem ter para onde ir? Assim se sentia aquele povo. A pressão de cada desafio provou a motivação do coração. A pressão que toda a nação vive hoje também é um impasse. Talvez o seu Mar Vermelho seja a falta de respostas na esfera financeira e/ou profissional, ou a demora em avanços no relacionamento conjugal, ou com os filhos. Pressões e desertos são lugares de provas, onde a verdadeira motivação é revelada. Talvez você tenha a convicção de que o próprio Deus o conduziu até aqui, mas, então, se pergunta: “por que cheguei nessa rota sem saída?”. Qual seria a explicação?
Veja que, diante do impasse de Moisés (um líder que não tinha todas as respostas), Deus o impulsiona a um ato de coragem e ousadia, dando uma voz de comando ao povo para que marchassem! Naquele momento, o comando era uma marcha. Deus estava por detrás deste comando e foi isso que fez toda a diferença. Deus deu um comando para o povo e outro comando para o seu líder:
“E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco.”
Êxodo 14:16
Em desertos, há o tempo do choro, do clamor, mas há também o tempo de os filhos marcharem e os líderes estenderem o bordão. Onde estão os líderes que estenderão o bordão por nossa nação? Onde estão os líderes que estenderão o bordão por nossas famílias, que não vão permitir que o inimigo tome o seu território?
Deus estava trabalhando no coração daquele povo e os conduziu a uma posição para a qual não tinham para onde fugir: ou entravam no milagre ou seriam dizimados. Estamos descobrindo este ponto de inflexão como Igreja de Cristo. Precisamos enfrentar este mar vermelho.
E Deus continuou instruindo a Moisés:
“Eis que endurecerei o coração dos egípcios, para que vos sigam e entrem nele; serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavalarianos; e os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavalarianos.”
Êxodo 14:17,18
Deus deixou-os encurralados, endurecendo o coração dos egípcios e os fazendo perseguir o povo, com a finalidade de ser glorificado na vitória que daria a eles. Olhe como Deus os conduz a um ponto de aparente derrota para, então, virar o jogo sobrenaturalmente e ser glorificado com uma vitória extraordinária. Deus quer demonstrar o seu grande e sobrenatural poder para este mundo, derrotando forças ocultas no mal. Seu poder opera não contra homens, mas contra a implantação do maligno. Pode haver momentos em que você ou até mesmo a Igreja do Senhor se encontre em posições como esta, chegando ao ponto em que o avanço só pode se dar diante de um milagre. Então, estenda o seu bordão e veja a intervenção do céu chegar. Ordene que “o mar se abra” para que seja possível seguir avançando à terra da promessa. Decida que o mar vermelho que está a sua frente não será o impeditivo para você chegar à promessa.
“Então, o Anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e passou para trás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles, e ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; a nuvem era escuridade para aqueles e para este esclarecia a noite; de maneira que, em toda a noite, este e aqueles não puderam aproximar-se. Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas.”
Êxodo 14:19-21
O Anjo do Senhor representa a ação de Deus na terra. Sabemos que os anjos do Senhor se acampam ao redor dos que O temem e os livra do mal. Portanto, saiba que há provisão de segurança do Senhor para você. O texto deixa claro que o Anjo de Deus mudou de posição, saindo da frente do povo e se colocando atrás dele, entre os filhos de Israel e faraó com seu exército. A coluna de nuvem que acompanhava o povo também mudou de posição, colocando-se atrás do povo. A mesma nuvem providenciada pelo Senhor produzia, para o lado dos egípcios, trevas, enquanto que, para o lado dos israelitas, luz. Deste modo, os egípcios não puderam se aproximar dos israelitas durante toda a noite. Moisés, seguindo as instruções do Senhor, estendeu a mão sobre o mar e o Senhor o abriu através de um forte vento oriental que soprou ao longo de toda aquela noite, permitindo que todo o povo passasse em terra seca.
Veja que tremenda revelação! O mesmo elemento produzia reações diferentes. Para os inimigos de Deus, produzia densas trevas que os impedia de avançar contra o povo. Os filhos de Deus, em sujeição, sempre terão a nuvem que produz luz, clareza e direção para vencer gigantes e atravessar mares aparentemente intransponíveis.
Fique em paz. Como filho de Deus, você tem o anjo do Senhor a te guardar. Deuteronômio 28 diz que para aquele que anda em obediência ao Senhor, mesmo que um inimigo venha contra ele por um caminho, por sete caminhos fugirá de sua presença.
O texto faz referência a um vento oriental que abriu o Mar Vermelho. Durante a praga dos gafanhotos, para finalizá-la Deus também fez soprar um vento oriental que conduziu toda aquela praga para o Mar Vermelho. Aquela era uma praga de devoradores. Os gafanhotos representam o consumo de riquezas produzidas, a perda de colheitas. Eles devastaram o Egito, consumindo tudo o que a terra produzia. Deus deu fim à nuvem de gafanhotos jogando-os neste mesmo mar. Não sabemos exatamente por que recebeu o nome de Mar Vermelho, mas sabemos que ele se tornou um “cemitério de gafanhotos” e, neste episódio de Êxodo 14, tornou-se também um “cemitério de egípcios”. Naquele mar Deus estabeleceu juízo contra os inimigos do povo de Deus.
Então, com uma muralha de águas de cada lado daquele caminho aberto no mar, o povo marchou a pés enxutos, chegando até o outro lado em segurança. Deus enviará contra o seu “mar vermelho” um forte vento oriental e aquilo que era um impedimento se transformará num caminho aberto e você passará a pés enxutos até um lugar de segurança. Talvez seu “mar vermelho” seja gafanhotos que têm consumido sua energia, sua força e a colheita de um penoso trabalho. Creia que o vento oriental vindo do sopro de Deus abrirá um caminho lhe dando a vitória. Ele faz o impossível acontecer no seu território. A terra da promessa te espera!
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” Números 23:19
“Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.” Isaías 43:19
Deus abençoe a sua vida!
Aps. Alexandre e Mônica Paz
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