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Conservando a conquista que vem com o arrependimento

Culto do dia 26/11/2023

Na semana passada estudamos sobre a importância de reconhecermos e valorizarmos oportunidades que o céu nos concede. Ainda dentro deste tema e vivendo, como igreja, esse tempo lindo que é o retorno de mais um grupo do Encontro com Deus, hoje vamos meditar no Salmo 32, que trata da bem-aventurança daqueles que recebem o perdão do Senhor.

“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” Salmos 32:1 Esta benção é para aqueles cujas vidas foram purificadas pelo perdão, não vivendo na iniquidade. Iniquidade, neste contexto, é viver no pecado de maneira deliberada, o que leva à perdição. O iníquo tem consciência de que está pecando e chegou a um ponto de ter seu coração “anestesiado” para reconhecer e abandonar a prática do pecado. 

O salmo continua enfatizando a importância da confissão de pecados, assim como o subsequente perdão àqueles que sinceramente se arrependem. Aqueles que escondem seus pecados envelhecem interiormente, enquanto os que confessam experimentam o perdão e a libertação. O texto é muito claro sobre isto:

“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” Salmos 32:2-5

Ao meditarmos neste salmo, percebemos que a mensagem central é a confissão de pecados como um ponto essencial em nossa trajetória de vida na terra. Essa prática nos conduz à bem-aventurança do perdão de Deus e nos liberta das cargas do pecado, permitindo-nos viver em Cristo. Quando retiramos do oculto nossos erros e os expomos a Deus, caminhamos para a transformação de nossa vida, removendo a culpa que envelhece nossos ossos. Então, este homem experimenta libertação e leveza, pois já não carrega mais a culpa pelo pecado. 

A pessoa que é imersa no pecado não pode usufruir da paz do Espírito Santo, pois Ele não negocia princípios eternos. No entanto, é Ele mesmo (o doce Espírito Santo) que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Ele nos exorta a abandonar o erro, a nos afastarmos, orientando-nos na direção correta. Se nos sentimos acusados ao pecar, é porque Ele nos adverte que não deveríamos estar naquela conduta. Quando confessamos, adentramos em Sua presença, recebemos perdão, cura e libertação.

É uma paz indescritível saber que o Senhor nos libertou, tornando nosso coração leve. Todo aquele que busca viver uma vida com o Senhor desenvolve um desejo intenso de se encontrar com Ele. É por isso que devemos buscá-Lo todos os dias, dedicando um tempo de qualidade em Sua presença. Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo.

Veja o alerta que esse versículo contém, na continuidade do Salmo 32: “Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te.” Salmos 32:6a

É uma alerta de que “há um tempo para poder encontrá-Lo” e você não pode perder esta oportunidade! O verdadeiro cristão clama a Ele em todo tempo, priorizando encontros diários, não se limitando a eventos. Ao buscar incessantemente, somos expostos à ação de Deus que transforma o nosso interior erradicando todo o mal.  A exposição diária a Deus e à Sua Palavra de Deus tem poder para mudar todo o nosso interior. 

Encontros de três dias são intensos, mas o tratamento diário, no secreto, expõe-nos constantemente à Deus e nos molda. A Palavra de Deus é eficaz para transformar nossos dias. Toda a orientação de que precisamos se encontra na Palavra de Deus. Veja que poderosa essa afirmação da Bíblia:

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.” Salmos 1:1-3

Voltando a Salmos 32, veja que poderoso o que Davi declara:

“Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.” Salmos 32:6b,7

A simplicidade desse conselho não deve ser subestimada, pois são as coisas simples que frequentemente negligenciamos que nos privam de bênçãos. O salmista destaca a eficácia da oração do homem piedoso, afirmando que, quando este busca a Deus, as muitas águas não o atingirão. Davi, em seus salmos, reconhece Deus como o refúgio, aquele que persevera na tribulação e celebra conquistas.

Vemos que o Salmo 32 inicia falando da confissão de pecado, mas rapidamente transita para uma expressão do intenso desejo de buscar o Senhor, o que garante o caminho de vitórias diante de lutas. Mas esteja atento: é lícito buscar a Deus como fonte de vitórias diante de abalos que vivemos, mas Ele não é manipulável. Ele conhece o teu coração e sabe se está apenas barganhando uma benção ou você realmente O deseja. Ele é misericordioso a ponto de lhe conceder uma benção, mesmo que veja seu coração desejando apenas “as suas mãos”, mas isso não é desenvolver relacionamento. Porém, esteja atento a oportunidades. Deus lhe concedeu algo? Glorifique a Ele e decida, a partir de então, voltar a sua vida a Ele, reconhecendo-O como seu Senhor e Deus. Uma vida de transformações, livramentos e vitórias estão no trajeto deste relacionamento, que tem potencial para ser eterno, enquanto a benção que Ele lhe concedeu, não. O avivamento, com manifestações de milagres e curas é muito desejado, mas é vital que priorizemos o Senhor em nossa busca, compreendendo que todas as demais bênçãos fluirão a partir disto.

“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.” Salmos 32:8. Busque estar sob Suas vistas, em especial nos momentos de intimidade com Ele, e tome decisões seguras em sua vida. Desligue-se das distrações do mundo e concentre-se em Sua presença.

Em Salmos 32:9 nos alerta para não agirmos como cavalos ou mulas sem entendimento, que precisam ser controlados por freios e cabrestos para obedecer: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem.” Isso nos remete a uma vida que realmente expressa a fé no Senhor, a ponto de obedecer, priorizando a vontade de Deus à sua. A obediência é fundamental para experimentarmos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Devemos evitar a postura de resistência, buscando, em vez disso, compreender e acatar as orientações do Senhor.

Essa obediência inclui ouvir orientações dos líderes espirituais que Ele coloca em nosso caminho. A Palavra nos instrui a reconhecer a sabedoria que possuem, nos orientando de acordo com a Palavra de Deus. O apelo deste versículo é para que não sejamos como cavalos teimosos, que só obedecem quando sentem o freio da dificuldade. A obediência não deve ser encarada como uma imposição, mas como uma escolha que fazemos para permitir que Deus guie nossas vidas. 

Nosso papel como líderes é oferecer prescrições embasadas na Palavra de Deus. Devemos encorajar todos a se voltarem para a orientação divina em oração e reflexão pessoal, encontrando o seu lugar secreto na presença do Senhor.

Confiar no Senhor nem sempre é uma tarefa fácil, mas é acessível àqueles que O conhecem verdadeiramente. A promessa do Salmo 32:10 nos assegura que, mesmo diante das dificuldades, a misericórdia do Senhor nos assistirá se confiarmos plenamente nEle: Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor, a misericórdia o assistirá.” 

Não convidamos qualquer pessoa sem conhecimento prévio para entrar em nossa casa. Só podemos desenvolver confiança em quem conhecemos.  É por isso que, especialmente em momentos desafiadores, Deus nos chama para mais perto, para que O conheçamos mais e, assim, consigamos passar pela prova confiando nEle.

Davi finaliza este salmo com muita sabedoria, exortando-nos a nos alegrarmos no Senhor: “Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.” Salmos 32:11. Esse versículo nos remete a outro ensino do livro de Salmos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração.” Salmos 37:4

Ao satisfazermos os desejos de Deus para nossas vidas, não há limites para recebermos Suas bênçãos. Que possamos compreender os desejos de Deus, permitindo-nos viver uma vida abundante. Davi nos encoraja a alegrar-nos no Senhor, mantendo viva a chama de nosso Encontro poderoso com Deus, transcendendo-o para cada dia de nossas vidas.

Deus abençoe sua vida e sua família!

Alexandre Paz

Assista o culto completo abaixo: