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Comunicação eficaz

Baseada no culto do dia 25/08/24

A estratégia de dividir para dominar é uma arma antiga do inimigo, e podemos ver isso em várias áreas da vida. O inimigo tenta criar rupturas nos relacionamentos, tanto no lar quanto na igreja, com o objetivo de destruir a unidade dada por Deus. 

Quando as águas trouxeram destruição, as igrejas se levantaram para servir umas às outras. Essa unidade forçada pelas circunstâncias nos ensinou que, apesar das divisões aparentes, sempre fomos um corpo. As barreiras começaram a cair e a igreja se levantou para apoiar os irmãos em necessidade, mostrando que é possível vivermos em unidade quando dependemos uns dos outros.

Deus nos chama para viver juntos e remover barreiras. O avivamento que tanto buscamos só será possível quando derrubarmos os muros de separação entre as lideranças e congregações. Isso vai além da igreja: envolve famílias, ministérios e o nosso relacionamento com a sociedade. Portanto, precisamos estar atentos às estratégias do inimigo e lutar pela unidade que Deus nos deu.

Josué 22, ilustra de forma clara essa mensagem. O povo de Israel já havia conquistado a Terra Prometida. Josué, então, libera as tribos de Rúben, Gade e metade da tribo de Manassés, que haviam lutado junto com as outras tribos para conquistar a terra. Eles já tinham recebido sua herança do outro lado do Jordão, mesmo assim cruzaram o rio para ajudar seus irmãos.

Após a vitória, Josué disse a essas tribos que voltassem para suas terras e desfrutassem do que Deus lhes havia dado. Porém, ao atravessar o Jordão, essas tribos tiveram a ideia de construir um altar como testemunho para as futuras gerações, mostrando que, mesmo estando do outro lado do rio, continuavam sendo parte do povo de Deus e servindo ao mesmo Senhor.

Quando as outras tribos de Israel souberam que eles haviam construído um altar, logo se lembraram do pecado de Acã, que havia trazido maldição sobre todo o povo, e pensaram que aquelas tribos estavam se afastando de Deus. Sem buscar informações, pegaram suas espadas e decidiram ir contra seus irmãos para destruir aquele altar.

Contudo, antes que a tragédia ocorresse, alguém sugeriu que eles primeiro perguntassem o motivo da construção do altar. Essa atitude de buscar entendimento antes de agir foi uma verdadeira revelação de sabedoria, porque evitou que a unidade entre as tribos fosse destruída. 

Esse exemplo nos mostra a importância de buscarmos a sabedoria de Deus antes de tomarmos atitudes precipitadas que podem prejudicar nossos relacionamentos. O altar não era um sinal de rebeldia ou divisão, como parecia, mas um símbolo da unidade e da fidelidade dessas tribos ao Senhor. Assim como no caso de Israel, precisamos estar atentos às armadilhas do inimigo, que tenta nos levar a julgar e nos dividir sem que compreendamos o que está realmente acontecendo.

Esta mensagem é uma advertência para que tenhamos discernimento sobre as estratégias do inimigo e, em vez de ceder à divisão, procuremos a unidade desejada por Deus. Compreender o que está por trás dos conflitos e buscar sempre a reconciliação e o entendimento pode nos levar a vencer batalhas que poderiam ser perdidas pela falta de sabedoria.

Há um outro exemplo que aponta para um princípio semelhante e que nos ajuda no cuidado com nossa comunicação uns com os outros. Existiam dois exércitos prestes a se enfrentar, enquanto, atrás de uma moita, havia um vendedor de armas. Para qual lado ele torcia? Para nenhum! Ele torcia pela guerra, pois quanto mais conflito houvesse, mais armas ele venderia. Enquanto os exércitos tentavam negociar um acordo de paz, o vendedor de armas, escondido, disparou um tiro para o alto. O som do tiro fez com que ambos os exércitos pensassem que a guerra havia começado e logo começaram a atacar uns aos outros. Assim é a estratégia do inimigo em nossos relacionamentos. Ele dispara “tiros” para causar confusão, fazendo parecer que estamos sob ataque.

A nossa luta não é contra as pessoas. Não é contra o seu cônjuge, seus filhos, seu chefe ou seus líderes. O diabo fica à espreita, esperando uma oportunidade para incitar a discórdia e impedir a paz. Quando alguém se sente atacado, a reação é contra-atacar, e assim a unidade é destruída, e as alianças são quebradas.

Em situações de conflito, não devemos agir como advogados de uma das partes. Precisamos buscar a verdade, discernir o que é certo e errado, independentemente de quem está envolvido. Nosso papel não é defender uma das partes, mas sim buscar a justiça e a paz.

Quando lidamos com relacionamentos, precisamos entender que as ações são resultado de intenções que nem sempre são claras. Se você não entende a intenção, atacar a pessoa não trará solução. Devemos buscar sempre a paz e não o confronto. A Palavra nos ensina, “a verdade vos libertará” João 8:32. Busque sempre entender a verdade com amor e compreensão.

Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” Provérbios 19:2.

Não julgueis, para que não sejais julgados” Mateus 7:1

A precipitação em julgar e condenar pode causar feridas profundas. Precisamos aprender a ouvir antes de reagir, evitando conclusões precipitadas e ações com preconceitos. A Bíblia também nos alerta contra o partidarismo: Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.

Tudo isso nos leva a um ponto crucial: a comunicação eficaz. Para nos relacionarmos bem com as pessoas ao nosso redor, precisamos desenvolver uma comunicação clara e amorosa. 

Isso também se aplica ao que publicamos nas redes sociais. Precisamos ter cuidado para que nossas postagens não levantem dúvidas sobre nosso caráter ou causem escândalos. Não se trata de viver uma fachada, mas de sermos cuidadosos para não causar mal-entendidos.

O contrário de uma comunicação eficaz não é necessariamente a falta de comunicação, mas sim uma comunicação provocativa. Algumas pessoas agem de maneira provocativa, instigando os piores sentimentos nos outros. Isso pode gerar uma imagem errada ou provocar desejos que não deveriam ser despertados. Por exemplo, a sensualidade. Uma pessoa que se expõe de maneira provocativa nas redes sociais, com vestimentas ou atitudes inadequadas, está comunicando algo que pode não corresponder à sua verdadeira intenção. Esse tipo de comunicação não é saudável e pode criar uma imagem errada sobre quem a pratica. 

A comunicação eficaz é uma das maiores ferramentas para evitar problemas. Isso é algo essencial no mundo de hoje, dentro das empresas, nos lares e, principalmente, no corpo de Cristo. Quando alguém não consegue se comunicar de forma eficaz, seja verbal ou não-verbal, é importante que escreva, organize suas ideias, e se expresse da melhor maneira. Há situações que se intensificam pela falta de habilidade em comunicar. E, mais grave ainda, isso pode criar situações de prejuízo tanto para quem comunica quanto para quem recebe a mensagem.

Por isso, é importante praticar a escuta empática. Ouvir de verdade, com atenção, buscando entender o que a outra pessoa está sentindo e expressando. Jesus ensinou a importância de ouvir. Ele sabia que, muitas vezes, as pessoas ao nosso redor, como nossos filhos, amigos e irmãos na fé, estão tentando nos dizer algo, e é necessário ter sensibilidade.

Provérbios 18:21 nos ensina que A morte e a vida estão no poder da língua, e vemos isso acontecer quando a comunicação é negligenciada. Muitas guerras emocionais e espirituais são travadas dentro das famílias e igrejas devido a essa falha. O diabo se aproveita dessas brechas para causar dor, separação e até mesmo levar pessoas ao desespero.

É essencial que a unidade seja preservada em todos os aspectos de nossas vidas, mesmo quando não concordamos com tudo. Precisamos ser “valentes pela verdade”, buscando preservar a unidade e o entendimento em nossos relacionamentos. 

Quando deixamos os problemas crescerem sem resolvê-los, acabamos nos distanciando daqueles que amamos. Há adultos que não falam com seus pais ou filhos há anos, simplesmente porque não resolveram suas diferenças, permitindo que o inimigo destruísse seus laços familiares. 

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor“. Hebreus 12:14

Perdoar é um dos pilares da nossa fé e um requisito fundamental para restaurar a comunhão. Jesus nos instruiu a perdoar setenta vezes sete, mostrando que o perdão deve ser parte constante de nossas vidas. Sem o perdão, não conseguimos conviver com as pessoas. Aqueles que mais nos ferem geralmente são aqueles que estão mais próximas, como nossos cônjuges, filhos ou amigos. Por isso, precisamos aprender a perdoar de coração.

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.“. Efésios 4:32

Perdoar é uma escolha, não um sentimento. Perdoar significa abrir mão,dar a perda, aceitar o prejuízo, e preferir manter o relacionamento a”vencer” a discussão.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”.Mateus 6:14-15

Assim, devemos optar pelo perdão, pela paz e pela restauração, mantendo a unidade e o amor em nossas vidas e em nossas famílias.

Deus abençoe você!

Alexandre Paz

Assista ao culto completo pelo link abaixo: