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Amar os inimigos – o chamado para ser como Ele é

Texto baseado no culto do dia 09/02/2025

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:43-48

Como reagimos quando alguém nos machuca? E quando a ferida vem de uma traição ou injustiça profunda? O ensino de Jesus em Mateus 5:43-48 nos convida a uma reflexão que confronta nossa humanidade: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Este não é um conselho opcional, e sim uma marca do verdadeiro discípulo.

Jesus eleva a régua do amor ao nos ensinar que amar quem nos ama é natural, mas amar quem nos fere é sobrenatural. A recompensa para quem obedece a esse princípio é real e profunda. No original grego, a palavra “recompensa” (misthós) significa pagamento, salário, retorno por um serviço prestado. Ou seja, Deus promete uma resposta espiritual e prática àqueles que decidem amar, inclusive os inimigos.

O amor como evidência da nossa filiação

Amar os inimigos revela quem realmente somos. Não se trata de como nos tornamos filhos de Deus — isso acontece pela fé em Cristo —, mas de como o mundo reconhece que somos filhos do Pai. A obediência ao amor incondicional é a evidência prática de que carregamos o DNA de Deus, pois não caberia na nossa lógica humana. Ele faz nascer o sol sobre maus e bons, envia chuva sobre justos e injustos. O amor do Pai não é seletivo. Somos chamados a refletir essa mesma natureza, sem condições prévias.

O amor pelos inimigos não apenas confirma nossa identidade espiritual, mas também nos liberta de prisões emocionais. Guardar rancor aprisiona, adoece a alma e até o corpo. Romanos 12:18 nos ensina: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” A verdadeira paz interior nasce de um coração resolvido, que escolheu perdoar e se libertar das amarras da mágoa. Quando liberamos amor, rompemos as cadeias da mágoa e nos abrimos para a cura do Espírito.

“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Romanos 12:21.

Jesus nos ensina a vencer o mal com o bem. Revidar é descer ao nível do agressor. Mas amar, perdoar e abençoar quem nos fere é um ato que revela o sobrenatural de Deus em nós. Essa atitude nos fortalece e nos coloca fora da lógica que o mundo segue. Não somos chamados para reagir como o mundo reage, mas para manifestar a natureza de Cristo em cada situação.

Misericórdia atrai misericórdia
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” Mateus 5:7

Amar os inimigos também nos atrai à misericórdia de Deus. A lei da reciprocidade é clara: recebemos na medida em que damos. Se semeamos perdão e graça, colheremos o mesmo. Essa prática nos protege do endurecimento do coração e nos mantém debaixo da cobertura da graça divina. Lembre-se de que Jesus também falou sobre isso na oração que ensinou:

“perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;” Mateus 6:12

Nosso testemunho ganha autoridade quando vivemos o que pregamos. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens” (Mateus 5:16). Amar os inimigos é uma luz que não pode ser escondida. As pessoas reconhecem Cristo em nós quando respondemos ao mal com amor. Isso gera respeito, admiração e, mais importante, glorifica ao Pai.

O caminho prático: oração, bondade e liberação

Jesus nos ensina a começar pela oração àqueles que nos perseguem: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). Não se trata de orar por juízo, mas por transformação. A oração nos alinha ao coração de Deus e abre espaço para que Ele aja.

Em seguida, somos chamados a agir com bondade. Ser bom não é ser tolo, mas agir com dignidade e amor, mesmo quando o outro não merece. Isso exige maturidade espiritual.

Por fim, precisamos resolver nossos ressentimentos. O perdão é uma decisão, não uma emoção. É o ato de fechar as portas para a ação do inimigo em nossa vida. A libertação verdadeira começa dentro de nós, com uma decisão clara de perdoar e amar.

Jesus encerra este ensinamento com uma convocação: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). A perfeição aqui não se refere à ausência de falhas, mas à maturidade no amor. É um convite a refletir o caráter do Pai em todas as nossas relações, inclusive com aqueles que nos ferem.

Amar os inimigos é um dos maiores desafios da vida cristã, mas também uma das maiores evidências de transformação. Esse amor nos eleva acima da mediocridade do mundo e nos posiciona como verdadeiros filhos de Deus.

Desafios para a semana:
1. Ore todos os dias por alguém que te feriu. Interceda pela transformação dessa

pessoa.

2. Pratique um ato de bondade intencionalmente para alguém que te prejudicou.

3. Resolva seus ressentimentos, entregando ao Senhor toda amargura e decidindo perdoar.

Você está pronto para viver essa realidade? Comece hoje. O Espírito Santo vai te capacitar.

Deus abençoe a sua vida!

Alexandre Paz

Assista ao culto completo pelo link abaixo: