Baseado na palavra do culto do dia 28/12.
Estamos em 2024! O que você planejou para este ciclo em sua vida? O planejamento deve precede nossas ações, dando sentido, propósito e intencionalidade aos nosso dias. Podemos nos perguntar: Devemos realmente planejar, uma vez que a Palavra diz que o futuro pertence ao Senhor?
“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.” Provérbios 16:1
Esta é uma resposta esclarecedora. Embora possamos fazer planos, a resposta certa vem dEle. É essencial que, ao planejarmos o ano em que chegamos, busquemos a orientação específica e assertiva dos lábios do Senhor, pois Ele é soberano e onisciente, e pesa nossas motivações e intenções. Este é um norte fundamental para 2024: fazer planos, mas conferi-los com a vontade do Senhor.
A Bíblia nos adverte sobre a importância de não nos guiarmos pela sabedoria humana, mas pela sabedoria de Deus. Somos chamados a buscar a Sua vontade, não confiando cegamente em nossa própria sabedoria. Portanto, ao fazermos nossos planos, devemos constantemente conferi-los com aquilo que os lábios do Senhor têm falado conosco.
“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência.” Provérbios 9:9
Receber instrução nos leva ao crescimento em prudência. Devemos buscar esta instrução e sabedoria. O temor do Senhor é apontado como o princípio que nos leva a esta sabedoria.
“Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo. Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.” Isaías 5:1,2
Aqui, o amado refere-se ao Senhor, que plantou uma vinha em solo fértil, realizou a limpeza, retirou as pedras e plantou videiras escolhidas. Ele construiu uma torre no meio dela e abriu um lagar, esperando colher uvas boas, mas, lamentavelmente, obteve uvas bravas. O texto reflete a metáfora de Deus com Seu povo, onde o profeta utiliza uma parábola para transmitir essa relação (Is 5:1-7).
A sequência da narrativa revela a resposta de Deus diante do comportamento do povo, com os ais de Deus contra os perversos. Ele declara que destruirá a vinha, derrubará seus muros e a transformará em deserto devido à falta de temor do povo para com Ele. O juízo se estende, alertando sobre as consequências para aqueles que ignoram os feitos do Senhor e negligenciam Suas obras. A falta de temor do Senhor resultará em cativeiro e escassez.
Essa mensagem corrobora com a importância do temor do Senhordestacado também em Mateus, no Sermão do Monte. Um exemplo concreto é apresentado no início da igreja em Atos, com Ananias e Safira. Eles venderam uma propriedade, mas, ao reterem parte do valor, demonstraram uma falta de temor diante do Espírito Santo. Embora a ação deles fosse boa em essência, houve intenção de engano e a falta de temor levou a consequências severas, enfatizando a importância de uma abordagem sincera e reverente diante de Deus.
Estas passagens nos lembram que não basta apenas amar Jesus; é crucial viver no temor do Senhor, seguindo Seus preceitos e orientações. O temor do Senhor não deve surgir apenas em momentos de tragédia, como vimos com Ananias e Safira, mas deve ser uma constante em nossas vidas para que possamos caminhar de acordo com a vontade de Deus.
O temor do Senhor vai além de amá-Lo, orientando-nos a buscar respostas em Seus ensinamentos, em vez de viver apenas segundo nossos planos e entendimentos.
No capítulo 5 do livro de Atos, vemos os apóstolos realizando milagres no Pórtico de Salomão, impactando muitos. Posteriormente, são presos, mas o Senhor os liberta durante a noite. Ao retornarem ao templo, enfrentam a fúria dos líderes, que desejavam matá-los por pregarem sobre Jesus. Entretanto, surge o temor de Gamaliel, que aconselha cautela ao Sinédrio. Ele lembra casos anteriores de líderes que surgiram e pereceram. Gamaliel destaca a importância de reconhecer se uma obra é ou não de Deus, evitando lutar contra Ele. “Se esta obra é de homens, por si mesma se desfará; mas se é de Deus, não podereis destruí-los.” Atos 5:38.
Ao prosseguirmos, no versículo 40, os apóstolos, diante da ameaça do Sinédrio, afirmam: “Importa antes obedecer a Deus que aos homens.”Este princípio destaca a importância de obedecer a Deus mesmo quando confrontados com ordens contrárias. Não se trata de desobediência aos líderes, mas de priorizar a obediência a Deus.
Assim, somos desafiados a escolher entre permanecer de joelhos diante do Senhor ou nos dobrar diante das circunstâncias. O temor do Senhor nos capacita a discernir Seus caminhos, a reconhecer Sua soberania e a obedecer a Ele, independentemente das pressões externas. Este é o caminho para uma vida alinhada com a vontade divina.
“Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;” Isaías 11:1-3
Aqui vemos a referência profética a Jesus. Esse trecho destaca sete características ou ministérios do Espírito Santo, simbolizados pelos sete ramos da menorá. No cerne desses atributos está o Espírito do Senhor, personificado em Cristo. A passagem enfatiza a presença do espírito de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento e temor do Senhor. O profeta ressalta que o seu deleite está no temor do Senhor. Isso não apenas destaca a importância do temor, mas também enfatiza que viver no temor do Senhor não é apenas uma obrigação, mas é uma fonte de deleite e alegria para Deus.
Esse conceito se alinha à reflexão sobre Mateus 16:24, onde Jesus instrui seus discípulos a negarem a si mesmos, a carregarem sua cruz e seguirem-no. A cruz aqui simboliza a crucificação da carne, a renúncia ao pecado e a resistência às tentações. Essa prática diária se revela crucial para o desenvolvimento do temor do Senhor em nossas vidas.
Muitos enfrentam dificuldades em vencer as inclinações da carne e acabam cedendo repetidamente ao pecado. O desenvolvimento do temor do Senhor não só influencia a obediência, mas também molda a perspectiva de vida, sendo essencial para o cumprimento do propósito que Deus tem para cada um de nós. A busca constante pelo temor do Senhor é apresentada como a chave para uma vida que não apenas agrada a Deus, mas também cumpre o propósito dEle.
A mensagem de Jesus no Sermão do Monte, em Mateus 5, enfatiza que não se trata apenas de obedecer a leis externas, mas de cultivar uma disposição interna do coração. Por exemplo, enquanto a lei proíbe o adultério, Jesus vai além, alertando que olhar para alguém com intenções impuras já constitui adultério no coração. A ênfase está na disposição interior de temer a Deus. O temor, nesse contexto, não é apenas pelo medo das consequências, mas também um temor baseado no amor a Deus e no prazer de estar em Sua presença, obedecendo aos Seus preceitos.
A prática do temor do Senhor é contrastada com o jugo da Lei na época, que inspirava medo nas pessoas apenas pelas consequências. Jesus enfatiza que o temor deve ser uma resposta amorosa a Deus, não apenas para evitar punições. A fé cristã, portanto, não se baseia apenas no medo de ir para o inferno, mas na reverência a Deus e no desejo de estar com Ele.
Carregar a cruz, segundo Jesus, envolve dizer não ao pecado e à carne diariamente. Além disso, Ele instiga a negar a si mesmo, o que não se refere apenas a evitar coisas ilícitas, mas também a abrir mão de coisas lícitas e abençoadas. Negar a si mesmo pode envolver atos como o jejum, que não apenas demonstram humildade, mas também aproximam o indivíduo de Deus, permitindo ouvir Sua resposta. A negação, nesse contexto, não é apenas uma disciplina espiritual, mas uma maneira de se aproximar de Deus, desenvolvendo temor e ouvindo Sua orientação. Essa prática constante de negação fortalece a fé, especialmente nos momentos de fraqueza, quando, paradoxalmente, nos tornamos mais fortes.
Jesus fala explicitamente sobre a escolha pessoal daqueles que desejam segui-Lo, já que o que Ele faz é um convite. Portanto, acredito firmemente que Deus revelará coisas poderosas àqueles que têm o desejo sincero de conhecê-las.
Desejo, sinceramente, que em 2024 você possa fazer planos pensando nos planos do Senhor. Encorajo-o a buscar pela palavra de sabedoria nos lábios do Senhor, pois o temor do Senhor é o princípio dessa sabedoria. Encontre paz e propósito, algo que só a busca sincera pelo Senhor pode proporcionar. Essa sabedoria nos capacita a viver de acordo com os propósitos que Deus estabeleceu para nós.
Deus abençoe sua vida!
Alexandre Paz